segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Vão

Como uma semente pulsante que se joga
Em um triste e desolado chão de areia fria
Vibra, esperneia, se contorce, já não cabe mais
Dentro de si ou deste mundo
E nada pode, contra a secura que lhe nega
A vida, o alento e a alegria
Nada pode, a não ser sonhar (será delírio?)
Com um dia impossível
Em que espalhará, além de sua casca, seus tenros ramos
Por um momento
Fugaz e belo, com morte certa a porvir.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

What if?

E se todos os dias ruins só servissem para colorir ainda mais os momentos felizes? E se brigas só aumentassem nossa capacidade de dialogar? E se encontros fossem feitos para serem inesquecíveis? E se portas só se fechassem pra deixar a luz do sol se esparramar pelas janelas? E se cada adeus fosse apenas uma outra maneira de dizer “eu te amo”? E se palavras destrutivas se calassem em prol de gestos que unem? E se o belo desse lugar ao sincero e real? E se ser feliz fosse ter uma segunda chance? Como seria a vida? Mais fácil, talvez? Mas ainda assim, cheia de dúvidas, sempre...